terça-feira, março 13

Sem sentido

Então tudo começa

Meus olhos encontram o absurdo.

Pseudo urgências fazem alarde.

Levantei-me sem ter sentido.

O espelho ofereçe-me seu logro.

A consistência fluida da água corrente me escapa por entre os dedos.

Perdi no ralo da pia os propósitos, os motivos e os objetivos.

Abro a armário e escolho uma fantasia.

Mastigo mecanicamente algo com gosto de nada.

Saio sem ter sentido.

Acendem-se as luzes, abrem-se as cortinas do mundo.

Tudo se move mas não se desloca.

Sim ouço a música, mas onde está o maestro?

Todos tocam a esmo.

Busco meu lugar na orquestra, olho a partitura.

Não entendo,

Para mim parece sem sentido.

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