sexta-feira, agosto 29

It is never too late to give up our prejudices.

“It is never too late to give up our prejudices. No way of thinking or doing, however ancient, can be trusted without proof. What everybody echoes or in silence passes by as true today may turn out to be falsehood tomorrow, mere smoke of opinion, which some had trusted for a cloud that would sprinkle fertilizing rain on their fields.”

 

Thoreau, Walden: in the woods

 

 

 

 

O que se sentiu foi o que se viveu

"A vida é uma viagem experimental, feita involuntariamente. É uma viagem do espírito através da matéria, e como é o espírito que viaja, é nele que se vive. Há, por isso, almas contemplativas que têm vivido mais intensa, mais extensa, mais tumultuariamente do que outras que têm vivido externas. O resultado é tudo. O que se sentiu foi o que se viveu. "

 

Pessoa, Livro do Desassossego

 

 

 

sexta-feira, agosto 22

A febril atividade de um formigueiro

“De meu observatório nas alturas qualquer desejo ou aspiração parecia insignificante, como quando olhamos a febril atividade de um formigueiro. Para as formigas é muito importante o que estão fazendo, mas nós sabemos que basta uma pisada para que se perca o fruto daqueles esforços mínimos e incessantes. E nunca compreenderão por que aquilo aconteceu.”

 

 

 

Francesc Miralles, Amor em Minúsculas,

quinta-feira, agosto 21

And nothing else matters

 

“So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters”

 

Metalica, Nothing else matter

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, agosto 18

To be a rock and not to roll

 

“ And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all
To be a rock and not to roll “

 

Stairway to Heaven, Led Zeppelin

 

segunda-feira, agosto 11

Toda luz tem sua sombra

 

“Toda luz tem sua sombra. As pessoas aparentemente mais simples ocultam um mundo no qual acontecem coisas impensáveis. Quando penetramos nele por acaso, somos invadidos por um sentimento de desconcerto e temor, como quem invade um jardim alheio. De repente nos damos conta de que algo que sempre estivera ali nos passara despercebido. O passo seguinte é ampliar o território de dúvida aos campos contíguos. A partir daí, a região de sombra pode nos levar a lugares nunca imaginados. Afinal de contas, o reverso da moeda ocupa a mesma superfície que seu oposto. Você pode descobrir que não sabia nada de quem vive ao seu lado, ou que até agora fechara os olhos para não vê-lo. E desejaria que essa primeira revelação — que rompeu a doce rotina — não tivesse chegado nunca.”

 

Francesc Miralles, Amor em Minúsculas,

 

 

segunda-feira, agosto 4

SOBRE MULHERES E LIVROS

“ (…) O amor não é senão uma curiosidade mais ou menos viva, aliada à natural tendência que nos leva a cuidar da perpetuação da espécie. Com efeito, a mulher é como um livro, que bom ou mau, deve começar a agradar desde a capa. Se esta não for interessante, não inspira desejo de ser lido, e tal desejo está sempre na razão direta do interesse que ele nos inspira. A “capa”de uma mulher abrange-a de alto a baixo, como acontece no livro; e os seus pés, são-nos um atrativo semelhante ao que nos oferece a notícia sobre sua edição. (...) Do mesmo modo que os homens que leram muitos livros terminam por ler os novos, mesmo que maus, também, os que conheceram muitas mulheres, e todas belas, terminam curiosos também pelas feias, porque constituem para eles novidade. Podem os olhos ver o envoltório que lhes oculta a realidade, mas a paixão, transformada em vício, sugere-lhes qualquer razão favorável a falsa capa. Pode ser, dizem consigo mesmos, que a obra valha mais do que o título, e a realidade mais que o invólucro que a esconde. Tentam então percorrer o livro, que jamais fora folheado e encontram resistência; o livro vivo quer não apenas folheado, mas lido.”

Memórias de Casanova, Por ele mesmo.