"Melhor ser vil do que por vil ser tido,
Quando se acusa a quem não é de o ser;
E um justo prazer morre, envilecido,
Não por nós, mas por quem assim quer ver.
Por que um olhar adulterado iria
Louvar-me o sangue de impulsivo tom,
Ou se sou fraco, algum mais fraco espia,
Vir dar por mau o que eu pretendo bom?
Não, sou o que sou; quem achar iníquos
Os meus abusos, fala pelos seus:
Posso ser reto, já que são oblíquos,
Não vê a mente espúria os feitos meus;
A menos que a sentençca seja vera,
De que todos são maus e o mau impera."
Shakespeare, Soneto 121
Um comentário:
Bonita traducão... não conhecia esta.
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