Minhas manhãs de chumbo
Nas manhãs de chumbo
O brado dos barcos devoradores de gente
Dão para aqueles que vão, mas não sabem por quê,
O tom para mais um dia que começa.
Vagam na cadência das marés, sob o chicote da pressa,
Vazios de expressão e cheios de sonhos.
Prisioneiros da rotina, que a exemplo dos seus pais,
Aprenderam a cultivar e agora dependem...
Trazem em suas bolsas e carteiras, além de suas identidades funcionais,
Dinheiro, lembranças dos parvos prazeres gozados no fim de semana,
Planos, ilusões sobre sua importância no mundo,
Remédio para dor de cabeça e uma dose de esperança para usar nos momentos de desespero.
Quem sabe a vida não muda amanhã?
O comandante da nau agradece a preferência.
Como se houvesse escolha para eles...
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