" O homem no fundo é um animal selvagem e terrível. Nós o conhecemos unicamente no estado subjugado e domesticado, denominado civilização (...)Porém, onde e quando a trava e a cadeia da ordem jurídica se rompem (...) o homem não deve crueldade e intransigência a nenhum tigre ou hiena (...) à inveja, egoísmo de nossa natureza aindase alia um estoque existente de ódio, ira, raiva emaldade reunidos, como o veneno no receptáculo do dente da cobra aguardando apenas a oportunidade para vir à tona (...) qual um demônio libertado a bramir sua fúria produzindo devastação."O ódio constitui de longe o prazer mais insistente; os homens amam às pressas, mas detestam longamente". (...) Gabineau, (...des raceshumaines), denominou o homem l'animal méchant par excellence (O animal perverso por excelência), o que desagrada as pessoas, porque se sentem atingidas; contudo ele tem razão, pois o homem é o único animal que incute dor a outro sem nenhum outro fim a não ser este mesmo. (...) nenhum animal maltrata apenas pormaltratar, mas o homem sim, e isto constitui o caráter demoníaco, muito mais grave do que o simplesmente animal. "
Arthur Schopenhauer, Sobre a Maldade, Parerga e Paralimpomena (p 195 a 197)
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