" Eu sou algo mais, eu nasci para algo mais do que para ser escravo do meu corpo, a quem não tenho em maior conta do que a uma cadeia em torno da minha liberdade. Este corpo, oponho-o como barreira aos golpes da fortuna, e não consinto que atrvés dele algum golpe chegue a mim. Se algo em mim pode sofrer ataques é o corpo; mas neste desconfortável domicílio habita um espírito livre. Nunca esta carne me compelirá ao medo, ou alguma hipocrisia indigna de um um homem de bem; nunca serei levado a mentir por atenção a este frágil corpo. Quando chegar a altura romperei minha ligação com ele. E mesmo agora, enquanto estamos colados um ao outro, não somos companheiros com direitos iguais: o espírito arroga para si todos os direitos. O desprezo pelo próprio corpo é a certeza da liberdade."
Seneca, Cartas a Lucílio, epístola 65
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