sexta-feira, junho 30

A adaga bruta e convulsiva da palavra

"Aproveite" seu fim de semana.
Abraços,



Busco a adaga bruta e convulsiva
da Palavra que, forjada ao ódio,
fere como faz a acha de ródio
e lacera como a voz lasciva.

Forjo, na fornalha do Intelecto,
da Verdade a aguda espada altiva,
e, cravando-a na matéria viva,
arranco-lhe o Mórbido e Imperfecto.

Da Razão a gálea dura e fúlvida
veste-me o suspiro, a dor e a dúvida,
e alumia a escuridão dos dias.

Vou ao pouco e pouco conhecendo,
os caminhos do Saber vivendo,
tornando às estóicas apatias!


Iudas Tolstovtsy


"Se toda a humanidade menos um, fosse de uma determinada opinião, e apenas uma pessoa fosse de opinião contrária, a humanidade não teria mais justificativas para silenciar aquela pessoa, do que ela, se tivesse o poder de silenciar a humanidade."



" Não existe nenhuma defesa para amparar as crenças sobre as quais temos mais certeza, exceto um convite permanente ao mundo inteiro para provar que são infundadas. Se o desafio não for aceito, ou for aceito e a tentativa falhar, ainda estaremos longe o bastante da certeza; mas fizemos o melhor que o estado atual da razão humana admite; não negligenciamos nada que pudesse dar chance à verdade de nos alcançar: se os ouvidos forem mantidos abertos podemos esperar que, se houver uma verdade melhor, ela será encontrada quando a mente humana estiver apta a recebê-la; e nesse ínterim podemos confiar ter atingido tal aproximação da verdade, da forma que é possível em nossos próprios dias. Esta é a quantidade de certeza capaz de ser obtida por um ser falível, e este é provavelmente o único modo de obtê-la. "

Stuart Mill, Ensaios sobre a Liberdade



" Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão"

Edmund Way, Circle of Seasons

sexta-feira, junho 23

VIVA O AMERICANO MÉDIO !

Aonde estamos e… para onde vamos?
Um ótimo fim de semana!
Abraços,




" Quando as estrelas começarem a cair
Me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir? "

Legião Urbana, Angra dos Reis



" Um americano médio, quando fizer
70 anos, já terá desperdiçado de sete
a dez anos de sua vida em frente a TV.
Só de comercial, será um ano inteirinho.
Os pais gastam 3 minutos por semana
Falando com os filhos. No mesmo período,
As crianças passam 1680 minutos em média,
Em frente a televisão. "



" Depois de casa e comida, o carro é o que mais consome o salário do americano médio. Durante toda sua vida, ele vai gastar entre 240 mil e 350 mil dólares com sua paixão. "


" Uma pesquisa da NBA (a liga que organiza o basquete) mostrou que 40 dos 66 atletas premiados no ano passado estão entre os mais agressivos. Para o americano médio, quanto mais violência em um jogo e comida na arquibancada, maior a diversão. "

" Os americanos são os maiores consumidores de cocaína e os EUA são os maiores produtores
De metanfetamina. "

" Em 1987, o número de shopping centers superou o número de High Schools (as escolas secundaristas) nos Estados Unidos. Hoje há cerca de 50 mil shoppings por lá. Para 93 % das adolescentes, ficar passeando no shopping é a atividade favorita. O americano médio passa 6 horas em média vendo lojas. Quando vai para casa atende cerca de 300 ligações de telemarketing por ano. O americano compra tanto, mas tanto, que vira e mexe faz um "garage sale" ( um tipo de feirão particular) para vender tudo que comprou no mês passado e abrir espaço para novas aquisições. "

" Para o americaninho médio, o palhaço do Mc Donald's é o personagem infantil mais famoso do mundo, logo depois de papai noel. Não é atoa que quando cresce, cada adulto consome 3 hambúrgeres e quatro pacotes de batata frita por semana. De sobremesa um sundae.
O americano médio consome 1 tonelada de sorvete durante a vida. "


" A cada dois anos, os Estados Unidos poderiam fazer uma fila de caminhões de lixo lotados daqui até a Lua. os americanos são somente 5% da população mundial, mas geram 30% de todo lixo do planeta. O lixo do americano médio equivale a de 3 japoneses, 6 mexicanos, 14 chineses, 38 indianos, 168 bengalis e 531 etíopes. Durante toda sua vida o americano médio vai jogar fora 600 vezes o seu peso. E do jeito que anda engordando... "


" Nos Estados Unidos existe uma arma para cada americano vivo"



Fonte: Revista AVENTURAS NA HISTÓRIA, Editora Abril, Edição Julho 2006.

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quarta-feira, junho 14

Vamos celebrar !


Pessoal, bom feriado...e vamos celebrar!
Abraços

"Não há nesta vida nenhuma ação do homem que não seja o início de uma cadeia de conseqüências tão longa que nenhuma providência humana é excessivamente forte para dar ao homem uma idéia do final. Acontecimentos agradáveis e desagradáveis estão ligados nesta cadeia, de tal maneira que quem fizer alguma coisa para seu prazer terá que aceitar sofrer todas as dores a ele ligadas. Dores estas, que são as punições naturais daquelas ações que são o início de um mal maior que o bem. Daqui resulta que a intemperança é naturalmente castigada com doenças, a precipitação com desastres, a injustiça com a violência dos inimigos, o orgulho com a ruína e a covardia com a opressão"

Thomas Hobbes, Leviatã

Perfeição

Legião Urbana

Composição: Dado Villa-lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer da nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção
Venha, meu coração esta com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão (...)


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sexta-feira, junho 9

A GENTE SE ACOSTUMA


 
A gente se acostuma
Ao cheiro do esgoto
A gente se acostuma
Ao sangue na calçada
A gente se acostuma
Ao vômito na privada
A gente se acostuma
A um pedinte ignoto

A gente se acostuma
A assistir a miséria
A gente se acostuma
A copiar a matéria
A gente se acostuma
A repetir o velho refrão
A gente se acostuma
A só ver televisão

A gente se acostuma
A corrupção política
A gente se acostuma
A esquivar-se da crítica
A gente se acostuma
A fome letal da África
A gente se acostuma
Ao degelo na antártica
 
A gente se acostuma
A notícia da guerra
A gente se acostuma
A gaveta que emperra
A gente se acostuma
A notícia ruim do jornal
A gente se acostuma
A exagerar demais o sal

A gente se acostuma
A uma pimenta ardida
A gente se acostuma
Ao dedo na ferida
A gente se acostuma
A sofrimento calado
A gente se acostuma
Ao nosso grito abafado

A gente se acostuma
Mas não devia...

O MUNDO MUDOU !

Pessoal,

Hoje resolvi inovar com um texto "fora dos padrões" que costumo mandar… achei bom demais para dispensar.
Para aqueles que ainda tem concentração e paciência para ler um texto que contenha mais de 10 linhas espero que "aproveitem" bastante...

Desejo a todos um ótimo fim de semana…
Tudo de bom para vocês!
Abraço,


Perplexidade talvez seja a palavra que melhor define o sentimento da época atual. “Somos passageiros de uma nave no percurso das mudanças fundamentais que vêm ocorrendo na sociedade nas últimas décadas”, diz o psicanalista e médico psiquiatra Jorge Forbes. O que caracteriza esse processo, segundo afirma, é a comunicação planetária viabilizada pelo computador e por um acesso irrestrito ao saber. “Passamos da era moderna, dita industrial, para a pós-modernidade, a nova era globalizada”, analisa. “A sociedade, que se organizava de forma vertical, seguindo a hierarquia então vigente, passou a se pautar de maneira transversal, visando a uma multiplicidade de ideais.”

Ele ressalta que a identidade do homem é mutante e está atrelada ao relevo social de sua época. No mundo industrial, a estrutura era vertical: na família, o pai representava a tradição, apontava o caminho; na empresa, havia a figura forte do chefe, o funcionário permanecia muitos anos no emprego almejando alcançar o cargo de diretor; do ponto de vista da sociedade em geral, as pessoas se organizavam em torno dos símbolos pátrios, que davam a identidade àquele agrupamento.

Isso tudo ruiu com a globalização. O pátrio poder foi substituído pelo poder da família. Na empresa, os hábitos mudaram, o funcionário passou a ser valorizado não pelo tempo de permanência no emprego, mas pela pluralidade de sua experiência, pela ousadia, flexibilidade e criatividade. Quanto aos símbolos pátrios, o psicanalista menciona os mercados comuns para ilustrar as transformações ocorridas países de forte nacionalismo como a França abriram mão de sua moeda (o franco, que levava o seu nome) para adotar a moeda de um continente, o euro, priorizando a quebra de fronteiras.

Não é difícil lembrar como os critérios anteriores eram diferentes. Pouco tempo atrás, como salienta Forbes, as pessoas tinham um programa de vida pré-determinado. Era esperado, por exemplo, que a mulher se casasse entre os 19 e 23 anos e o homem, entre os 24 e 27. A mulher deveria ter filhos (de dois a quatro) até os 30 anos, pois acima disso o parto era considerado de risco e a mulher, “primigesta idosa”. O homem parava de trabalhar entre os 50 e 60 anos, quando começava a fase de curtir os netos e, aos 70, já era época de morrer. Com os avanços da medicina e de outras áreas de pesquisas, entretanto, a expectativa de vida aumentou substancialmente. O indivíduo não vai mais se aposentar; vai ter outro tipo de trabalho. Aliás, acabou também aquela concepção de que as profissões legítimas se restringiam a medicina, engenharia, direito ou ser funcionário do Banco do Brasil.

Diante dessa quebra de padrões e total relativização de valores, as pessoas passam a ter total poder de decisão sobre suas vidas. O psicanalista explica: “Antes, as marcações padronizadas determinavam como o homem deveria ser e agir. Havia os acomodados, favoráveis aos padrões, e os rebeldes, que combatiam essas regras. De repente, você tira tudo isso. Num primeiro momento, a sensação é de alívio, de felicidade. Essa alegria frente à liberdade, porém, dura pouco, pois traz consigo a angústia de ter de escolher em meio a múltiplas opções, sabendo que não há possibilidade de gozá-las todas”.

Culpar a globalização pelo estresse que essa situação gera é tão tolo, no seu entender, quanto atribuir o fato de alguém ser gordo à variedade de iguarias que os restaurantes de bufê oferecem. “As pessoas estão estressadas não por terem várias opções, mas por serem covardes no ato de escolher. Entre dez coisas, quando você escolhe uma, a única certeza é a de que você perdeu nove. A ‘uma’ que você escolheu é uma aposta. Como diz Etienne de La Boétie no próprio título do Discurso da servidão voluntária, ou Pascal, ao afirmar que se apavora com o silêncio desse universo infinito, com a não resposta sobre o que ele deve fazer. O homem da globalização se angustia, se sente perdido, sem norte, desbussolado. É preciso entender, entretanto, que o ‘mundo cardápio’ acabou. Hoje o indivíduo é responsável pelas próprias resoluções.”

Discípulo e um dos principais introdutores do pensamento de Lacan no Brasil, Jorge Forbes é autor, entre outros livros, de Você quer o que deseja? e co-autor de A invenção do futuro, no qual são pensados modos de viver nessa nova era de quebra dos ideais. Ele se inclui entre os autores que pesquisam soluções para os problemas recentes, para que o homem não fuja da liberdade obtida, mas avance e aprenda a usufruí-la, buscando a criatividade, inventando novos caminhos. E lamenta os movimentos de recuo dos que se agarram aos padrões morais dados pelas neo-religiões e pelos livros de auto-ajuda, que acabam adormecendo a inteligência e diminuindo a percepção do mundo, e aos dogmas cientificistas, que determinam uma maneira de ser em nome de uma pseudociência.

Em contrapartida, o psicanalista constata o crescimento da boa produção literária, aquela que leva o indivíduo a ter dúvidas, a se questionar, ver novas formas de ser, abrir a cabeça. Um gênero interessante, a seu ver, que vem ganhando força, são as biografias, que mostram as especificidades da vida de cada um, não para que o leitor as imite, mas para que conheça a forma como aquelas pessoas realizaram seus sonhos, como assumiram sua singularidade.

O mundo está vivendo um novo renascimento”, afirma. “As palavras de ordem agora são invenção e responsabilidade. Há duas opções: abrir mão da singularidade e tornar-se um genérico, ou ser criativo, responsabilizando-se pelas próprias escolhas, que serão feitas não mais a partir de necessidades e sim da vontade de cada um. As pessoas terão de inventar uma solução a partir do seu desejo, inscrevê-la, patenteá-la. A cultura, que antes era um entretenimento para as horas de lazer, algo para descansar a cabeça, hoje passa a ser o cimento social. E o passageiro desta época não precisa invejar nenhum outro de tempos anteriores, porque ele tem uma chance fantástica de inventar formas de vida diferentes, de vivenciar o renascimento das artes, da cultura, do cinema, da literatura. A cultura é uma expressão do espírito, do novo, da surpresa, do diverso, da contestação; nesse contexto não padronizado, ela adquire cada vez maior peso e significado.”

Numa análise geral do quadro contemporâneo, Forbes destaca as transformações na área da educação, em que os alunos sentem total estranheza e distanciamento em relação aos valores típicos da época anterior. A tônica não é mais aprender a pesquisar, mas aprender a inventar. Ao mesmo tempo, chama a atenção para alguns fenômenos sociais de ordenação entre os jovens, como os esportes radicais, nos quais eles buscam testar os limites do corpo, e a música eletrônica, que simboliza os monólogos articulados, ou seja, as pessoas estão juntas sem necessidade de se compreender. Outra mudança importante: as empresas deixaram de ser estáticas para atuar de forma interativa, enfatizando não mais as tarefas repetitivas, mas a expressão dos talentos, e criando mecanismos para que cada um se responsabilize frente ao desempenho geral das atividades.

Finalmente, ele diz que o consumo está se tornando mais consciente, menos de impulso, e que o amor também será mais autêntico. “Estamos na época do amor responsável. Se alguém está com o outro é porque quer, não porque as regras o levaram a isso. A família terá uma função primordial, não como padronizadora de comportamento, mas como base afetiva do gostar independentemente do jeito que o outro seja. Como a globalização abriga uma multiplicidade de singularidades, as pessoas vão aprender a gostar das diferenças e, havendo maior participação no vínculo social, maior possibilidade criativa, poderão até se sentir felizes.”

Fonte: http://www2.livrariacultura.com.br/culturanews/n144/edicao/htm/mat_01.htm

sexta-feira, junho 2

Apologia à filosofia

Desejo a você um ótimo fim de semana!
 

"Veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto:  que as pessoas não estão sempre iguais,

ainda não foram terminadas; mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam.

Verdade maior. É o que a vida me ensinou…"

 Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas



"É estranho que em nosso tempo a filosofia não seja, até para gente inteligente, mais do que um nome vão e fantástico, sem utilidade nem valor, na teoria como na prática. Creio que isso se deve aos raciocínios capciosos e embrulhados com que lhe atopetaram o caminho. Faz-se muito mal em a pintar como inacessível aos jovens, e em lhes emprestar um fisionomia severa, carrancuda e temível. Quem lhe pôs tal máscara falsa, lívida, hedionda? Pois não há nada mais alegre, mais vivo e diria quase mais divertido. Tem ar de festa e folguedo. Não habita onde haja caras tristes e enrugadas."



"A alma em que se aloja a filosofia faz com que o corpo participe de sua saúde. Leva ao exterior o brilho do seu repouso e de sua serenidade; modela o aspecto do corpo e o reveste de graciosa segurança, dá-lhe um aspecto ativo e alegre, um ar de satisfação e bonomia. (...) O ofício da filosofia é serenar as tempestades da alma e ensinar a rir da fome e da febre, não mediante um epiciclo imaginário qualquer, mas por meio de razões naturais e sólidas. Tem por fim a virtude, a qual não está colocada no cimo de algum monte alcantilado, abrupto e inacessível. Os que dela se aproximam afirmam-na, ao contrário, alojada em bela planície, fértil e florida, de onde se descortinam todas as coisas. Pode-se ir lá em se conhecendo o local, por caminhos ensombrados, cobertos de relva e suavemente floridos, sem esforço e por uma subida fácil e lisa como o da abóbada celeste. "

Montaigne, Ensaios,  Da Educação das Crianças